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 TENDINITE AQUILES 

           

A Tendinite do Aquiles,  é uma patologia que acomete frequentemente atletas que praticam esportes com corrida e salto e freadas bruscas como atletismo, futebol, futsal, tênis, basquete , vôlei entre outros. Principal causa de tendinite no tornozelo. 

A fisiopatologia não é bem esclarecida. Acredita-se que micro traumas de repetição acarretem um desarranjo no colágeno. Como o tendão apresenta pouca vascularização e reposição de células mortas mais lenta que outros tecidos, a consequência é  uma inadequada reparação tecidual com formação de fibrose (zona de tendinose),  que é um tecido que possui menor resistência para suportar o estrese mecânico e com  maior predisposição a ruptura e lesão.  

Histologicamente, encontramos aumento de células e matriz , aumento da desorganização matriz e colágeno, ausência de células inflamatórias, degeneração mucóide, necrose celular,  neovascularização. 

A dor se caracteriza por ser insidiosa e progressiva. Piora com os exercícios e melhora com o repouso. Nos casos mais resistentes ela pode ser mais intensa e a incapacidade funcional maior . 

O inchaço também pode estar presente, principalmente, após atividades físicas.  

O diagnóstico é feito com base na história clínica e exame físico.  

RX , Ultrassom e a ressonância magnética podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico e tratamento.  

O tratamento com medicamentos e fisioterapia apresenta bons resultados, mesmo em atletas de alto rendimento. Mas, nos casos mais graves e resistentes ao tratamento fisioterápico , a cirurgia pode ser indicada para a resolução do problema. 

ANATOMIA  

Os tendões são compostos de células, tenócitos ( tipo de fibroblasto) e pela  matriz extracelular que  é composta de fibras de colágeno tipo I, principalmente, e elastina envoltos num gel de proteoglicanos, proteínas e água. 

O Tendão de Aquiles é formado pelas fibras derivadas dos músculos gastrocnêmios e sóleo. O tendão não tem uma bainha sinovial verdadeira. Ele é recoberto pelo para tendão que permite o deslizamento do tendão e realiza parte da nutrição vascular do corpo dele. Na parte proximal recebe ajuda da junção músculo tendínea e na parte distal na inserção óssea. A região de menor vascularização está localizada 2-6 cm aproximadamente da inserção no calcâneo e é o local mais frequente de lesão do tendão. 

O tendão de Aquiles sofre uma carga  de aproximadamente  1000 N quando  se caminha,  4000 N na corrida lenta e 5000 N no ciclismo. Durante a corrida rápida e salto  este valor pode ser até  2 vezes maior que o da corrida lenta. 

FUNÇÃO 

O tendão de Aquiles atua principalmente na flexão do tornozelo com a  sua parte distal e na sua parte proximal atua na flexão do joelho.  

 

SINAIS E SINTOMAS 

Nos casos  pode apresentar dor leve ou presença de abaulamento( aumento de volume)  localizado. 

Dor forte ou moderada na parte na palpação noas caos mais cromnicos ou graves. 

Inchaço (edema) pode estar associado. 

Dor pode piorar após a realização de atividade física ou esforço físico. Muitas vezes a dor melhora após o aquecimento com a atividade e piora após a parada do exercício. 

Dor no início é leve e se não for realizado diagnóstico, tratamento e sobrecarga persistir  , acarreta piora na intensidade da dor e aumenta incapacidade funcional.  

 

DIAGNÓSTICO 

O diagnóstico é realizado pela história clínica e pelo exame físico.  

            Fatores de risco extrínsecos:  

  • Aumento da carga e volume de treinamentos 

  • Biomecânica na execução dos movimentos específicos do esporte 

  • Calçados inadequados 

  • Superfícies duras  

  • fumantes 

 

Fatores de risco intrínsecos: 

  • Encurtamento de ísquio tibiais  

  • Sobrepeso 

  • Fraqueza do quadríceps e musculatura da perna  

  • Anatomia da patela 

 

EXAMES  

RX –  Não serve para o diagnóstico, mas com ele podemos avaliar a presença de  calcificações no tendão, Haglung. 

USG (Ultrassom) 

Exame bom e rápido para confirmar o diagnóstico, mas não é eficiente para o diagnóstico diferencial. Pode ser associado o doppler para análise da neo vascularização 

RNM- (Ressonância magnética) 

Bom exame para o diagnóstico, pois além da patologia permite a avaliação dos diagnósticos diferenciais.   

DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS  

Bursite retro calcanena 

Fratura por stress calcâneo 

Haglund 

Artrose tornozelo/ Lesão condral 

 

TRATAMENTO 

O tratamento conservador através da fisioterapia e medicações tem um excelente resultado.  O foco principal é a melhora da dor , fortalecimento, reequilíbrio muscular, melhora da flexibilidade e correção  da biomecânica nos casos que necessitam. 

 

Medicações – Analgésicos, anti inflamatório, corticóides, 

Fisioterapia- analgesia, terapia manual para tecidos moles, cinesioterapia  (correção de desequilíbrios musculares , correção da biomecânica, melhora da flexibilidade e mobilidade articular de quadril joelho e tornozelo), bandagens. 

Controle de carga  e volume nos treinamentos e tipo de superfície do treinamento. 

Avaliação da pisada e calçado e uso de palmilhas. 

Avaliação do tamanho dos membros inferiores  e desvios na coluna. 

Acupuntura 

Terapia por Onda de Choque ( TOC) 

Infiltração com corticoide –infiltrar o peritendão. 

Cirurgia nos casos mais graves e resistentes ao tratamento fisioterápico e nos casos de lesão parcial e total. Pode ser realizada nos casos de lesão total por via percutânea ou aberta dependendo do quadro. 

Converse com seu médico e verifique o tratamento mais indicado para seu quadro.  

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